O Que Significa Peidar Muito
Mastigar bem os alimentos, beber chá de hortelã e erva-doce, e diminuir a ingestão de alimentos ricos em enxofre e fibras, são algumas opções que podem ajudar a evitar os gases fedidos. Veja alguns chás para ajudar a diminuir os gases.
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Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Flatulência em excesso pode indicar problema de saúde
09/05/2014 às 17h20
Flatulência em excesso pode indicar problema de saúde
Quadro causa desconforto físico e constrangimento social
ÉRIKA BRAGANÇA, DA AGÊNCIA SAÚDE DF
É natural que o ser humano produza gases intestinais, em média, estudos mostram que um adulto pode expelir gases 20 vezes por dia. No entanto, o excesso pode denunciar algum problema de saúde. A situação passa despercebida pela pessoa, afinal, é normal que isso aconteça e é difícil mensurar. Mas, o quadro de excesso acaba por trazer desconforto físico e constrangimento social. O gás intestinal é formado pelo que foi engolido e não eructado (liberação pela boca, de ar contido no esôfago e estômago), produzido em parte pela fermentação intestinal. Caracteriza-se pela liberação, voluntária ou não, de ar contido na porção final do intestino. Pode ocorrer ainda quando se ingere ar pela boca, excesso de fibra, carboidratos não digerido pelo estômago, carne e alimentos muito ricos em proteínas. Outros fatores como genética e má alimentação podem também levar à flatulência. Além disso, alguns indivíduos podem ter deficiência de enzimas para a digestão, o que causa a fermentação das bactérias. A digestão por parte de algumas bactérias produz mais gás do que outras. Existem casos em que o excesso de gases, acompanhado por diarreia ou prisão de ventre, ocorre juntamente com intolerâncias alimentares. A intolerância à lactose, por exemplo, é o quadro mais frequente. Mas, existe também a intolerância ao glúten. A paciente Alcione Rosa confessou que já parou em emergência de hospital devido a gases. “Sentia tanta dor que achei que era apendicite ou até ataque cardíaco porque irradiava para o tórax. Fiz exame de sangue que não acusou nada e o médico acabou pedindo uma tomografia. Quando saiu o resultado, eram gases. Nunca pensei que pudesse produzir tanta dor”, ressaltou. Há pessoas ainda que apresentam sintomas inespecíficos de distensão ou dor abdominal acompanhada ou não de diarreia. Nesses casos, o mais comum é o paciente sofrer de alguma doença funcional do aparelho digestivo. Rosemary Caldas, chefe do Núcleo de Nutrição Dietética do Hospital Regional do Guará, afirma que o corpo sempre dá sinais quando algo não vai bem. “A flatulência em excesso é de difícil percepção. Ninguém desconfia porque acha que é normal e vai passar. Mas, nessa fase o organismo já está sendo agredido e quando o paciente chega para a consulta, já está com um quadro mais crítico. São problemas silenciosos e o paciente só aparece quando algo se agrava como é o caso de começar a ter a diarreia constante ou prisão de ventre. É preciso estar atento”, destacou. O paciente que apresenta o sintoma poderá consultar um nutricionista ou um médico gastroenterologista para que seja feita a pesquisa por meio de exames de sangue e assim, chegar a um diagnóstico. Os centros de Saúde da SES/DF possuem nutricionista. Para o médico especialista, é necessário encaminhamento específico. Causas da produção de gases: – Lactose (açúcar do leite); – Frutose (açúcar das frutas); – Obesidade – a gordura comprime os órgãos, dificuldade de respirar e mastigar; – Problemas digestivos, ortodônticos e má formação da face; – Hábito alimentar inadequado – alimentação rica em frituras e produtos embutidos – Determinadas fibras vegetais e de carboidratos presentes no trigo, aveia, milho e batatas. Normalmente o gás oriundo da fermentação de vegetais tende a ser sem cheiro, enquanto que o resultante da digestão de carnes, mal cheiroso; – Evitar alimentos como feijão, repolho, brócolis, ovo, cebola, cerveja, vinho-tinto, por exemplo; – Evitar comer muito rápido ou conversando, mascar chiclete, tomar bebidas com gás, fumar e beber com canudo para evitar a ingestão de ar. Mais alimentos: Brócolis, couve-flor, Nabo, cebola crua, alho, rabanete, pepino, batata doce, pimentão verde, melancia, abacate, grão de bico, abacate, mariscos e lentilhas.
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Gases fedidos: 5 principais causas e o que fazer
Os gases fedidos podem ser causados pela ingestão excessiva de alimentos fonte de proteínas e fibras, como ovos, brócolis, couve-flor, carne vermelha, alho e queijos, porque favorecem a produção de sulfeto de hidrogênio, uma substância com odor de “ovo podre” que é produzida pelas bactérias do intestino durante a fermentação desses alimentos.
Além disso, os gases com forte odor também podem ser causados por situações como uso de alguns medicamentos, intoxicação alimentar, prisão de ventre, síndrome do intestino irritável, intolerância a lactose e câncer de cólon.
Mastigar bem os alimentos, beber chá de hortelã e erva-doce, e diminuir a ingestão de alimentos ricos em enxofre e fibras, são algumas opções que podem ajudar a evitar os gases fedidos. Veja alguns chás para ajudar a diminuir os gases.
Principais causas
As principais causas dos gases fedidos são:
1. Alimentos ricos em proteína
O consumo excessivo de alimentos ricos em proteína como leite, queijos, iogurtes, carnes vermelhas, peixes e ovos, aumenta a produção de sulfeto de hidrogênio pelas bactérias intestinais, a principal substância responsável por deixar os gases mais fedidos.
O que fazer: é aconselhado comer pequenas porções de proteínas na dieta, sendo sugerida a ingestão de 1g de proteína por cada Kg de peso corporal por dia. Uma pessoa com 85 Kg consumiria 85g de proteína por dia, o que equivale a 150g de peito de frango grelhado e 100g de sardinha assada, por exemplo.
2. Alimentos ricos em fibras
Os alimentos ricos em fibra e que também contêm alto teor de enxofre, como brócolis, couve-flor, aspargos, alho-poró, cebola, rabanete, nabo e couve de Bruxelas são os que produzem mais gases fedidos.
Apesar de não favorecerem diretamente a formação de gases fedidos, os alimentos ricos em fibras, como feijão, soja, lentilha, aveia, aspargo, maçã, amêndoa, levam mais tempo para serem digeridos no intestino, o que pode causar o aumento da fermentação pelas bactérias, facilitando a formação de gases. Conheça outros alimentos ricos em fibra.
O que fazer: é recomendado diminuir o consumo de vegetais ricos em enxofre. Além disso, pode-se também tentar reduzir a ingestão de vegetais e frutas com alto teor de fibras. No entanto, é importante ressaltar que as fibras são fundamentais para a manutenção da saúde e, por isso, a redução do consumo desses alimentos só deve ser feita no período no qual se está com mais gases.
3. Alterações gastrointestinais
Alguns problemas gastrointestinais, como prisão de ventre, diarreia, intoxicação alimentar, intolerância à lactose, doença celíaca e câncer de cólon podem causar desequilíbrio na flora intestinal, favorecendo a formação de gases fedidos.
O que fazer: nestes casos, é importante passar por uma consulta com um médico e um nutricionista para que seja feita uma avaliação completa do estado de saúde, sejam recomendados os medicamentos necessários e seja prescrita uma dieta individualizada, para tratar a condição de saúde. Veja um exemplo de dieta para evitar e diminuir os gases.
4. Medicamentos
Alguns medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e laxantes podem causar alterações na flora intestinal, modificando a composição das bactérias do intestino e provocando o aumento dos gases fedidos.
O que fazer: fortalecer e aumentar as bactérias benéficas do intestino, com o uso de probióticos, como kefir, kombucha e iogurte natural, ajuda a equilibrar a flora intestinal, evitando os gases fedorentos. Conheça outros alimentos probióticos que equilibram a flora intestinal.
5. Síndrome do intestino irritável
A síndrome do intestino irritável pode também provocar gases fedidos, além de dor abdominal e períodos de diarreia e prisão de ventre. A síndrome do intestino irritável é quando há a inflamação das vilosidades intestinais, o que pode ser consequência de estresse, ansiedade, intolerância alimentar ou alergias. Veja mais sobre a síndrome do intestino irritável.
O que fazer: é recomendado consultar o gastroenterologista para que seja realizado o diagnóstico e, assim, ser iniciado o tratamento, que pode ser feito com mudanças de alimentação e diminuição de níveis de estresse, por exemplo.
Veja com a nutricionista Tatiana Zanin algumas dicas para evitar os gases fedidos: